quarta-feira, 15 de junho de 2016

"DÉJÀ VU": A HISTÓRIA QUE SE REPETE, ENTENDA O PORQUÊ


O movimento de classe torna-se legítimo quando nasce de dentro para fora e quando a classe conduz o processo. A participação e a soberania nas decisão das Assembleias legitimam a luta e respalda os representantes.

Quando um grupo decide por todos o que fazer e como fazer, acaba maculando a legitimidade do processo. Isto é, a classe que não participa das decisões na luta por direitos acaba sendo como um gado, sendo tangido de um lado para o outro sem consciência alguma de seu destino, que pode ser um pasto verdejante ou o matadouro.

Em 2013 lutava-se por linear, as caminhadas aconteceram e sem destino tudo padece ao ostracismo.
Em 2014 se listou algumas demandas reprimidas e se priorizou a tal Lei de Fixação que diminuiu o efetivo, distribuiu quadros e 2 anos depois viu-se o resultado para a classe.
Após esse golpe, muitos se desassociaram e estavam desistindo de lutar. E no dia 12 de Abril de 2014 esses inconformados se unem. A proposta é clara. Romper com as velhas práticas e apresentar projetos, não ilações vazias.

Esse grupo pequeno e aguerrido formatou projetos, propostas e argumentos. Perdeu noites e horas estudando e debatendo. Promovendo discussões e apresentando novos caminhos. Nem sempre ser verdadeiro e pensar diferente te traz flores. A sensação é de cansaço e desanimo. Mas seguir em frente é preciso. 

Em 2015 veio a famigerada proposta de SUBSIDIO, cheio de polemicas, números confusos e aleatórios, abismos interníveis, e sem consulta a classe chega às mãos do Governo. O embate é certo, as pressões também. Mas parece pairar o conformismo. Conformismo este que respalda alguns lideres a apoiar um projeto que não nasceu na classe, não passou pela classe e foi "militarmente" imposto de "goela abaixo" assim como em 2014. Mas a resistência produziu seus frutos, frases mau interpretadas como: SUBSIDIO SEM CARREIRA É SUICÍDIO, SEM CARREIRA NÃO AO SUBSIDIO trouxeram o debate a outro nível.

Surge a PTS (Promoção Por Tempo de Serviço). E o diálogo produz consenso e norteia a UNIÃO. Esta em torno do SUBSIDIO(projeto reformulado) e da PTS. Poucos queimaram a pestana estudando as saídas viáveis ao projeto. Oficiais valorosos e praças insistentes dedicaram um pouco de seu tempo a esses estudos. Estava proposto o caminho da LUTA.

A resistência da Assembleia Geral, a mudança de comando, desandou um pouco as coisas. Fomos voto vencido. E assim devemos respeitar e buscar outros mecanismos de convencimentos. Mas na certeza do avanço de termos um projeto que trata de REMUNERAÇÃO E CARREIRA para brigar. Contudo, outros personagens surgiram este ano. Mudaram o rumo, o script, o roteiro, militarizaram as Associações, dando a elas hierarquia e o julgo do silencio. A "ISONOMIA" não passa de discurso sem nexo e sem propósito. 

Decidimos anteriormente apoiar o movimento a favor da luta pelas demandas já expostas, independente das diferenças de pensamento, a coletividade deve prevalecer, decidimos caminhar juntos. Porém, precisamos participar efetivamente das decisões. Queremos participação da Classe nas decisões. Pois o que não queremos ser conduzidos como gados.

Hoje o Governador do Estado acredita de forma incisiva que a LFE de 2014 resolveu e destravou as promoções. Por causa de decisões equivocadas sem consulta a classe, as consequências são vistas e vividas nos dias de hoje. A mesma metodologia aplicada em 2014 presenciamos em 2016, nos posicionamos contra essa fórmula, os resultados são previsíveis. A politica da esmola, a politica do pelo menos, a politica que coloca a faca no pescoço da classe, traz prejuízos irreparáveis. 

O jargão " A luta continua", quando não passam de palavras, é como um sepulcro caiado, bonito por fora e podre por dentro. Por fora até parece ter vida, porém a realidade é morta e cheira mal.  


ASCOM-UNICA

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