Em
uma terra distante e remota havia dois tipos de pessoas.
Aqueles
que nasceram para dominar e os que nasceram para serem dominados.
Havia
um Rei e um povo.
Havia
Nobres e Plebeus.
O
Rei, diante de tanto poder que emanava de Deus, distribuía sua graça e sua
nobreza em forma de títulos reais.
Esses
títulos não eram para qualquer um e passava de pai para filho, de geração a
geração.
Vou
lhes contar uma história:
Existiu
um homem chamado Duque de Santa Rosa. Era um chefe de estado. Tinha um discurso
voltado aos pobres e necessitados, era irônico e também muito perspicaz. Alguns
o achavam mentiroso e dissimulado. Mas era Duque, e com seu titulo ninguém o
contestava.
Duque
de Santa Rosa tinha como braço direito o Conde Voimakas, que em finlandês quer
dizer poderoso. Ele era responsável pela defesa e artilharia. Comandava homens
e mulheres daquele Condado.
No
Condado, havia duas classes: Senhores e Plebeus.
Os
Senhores exerciam poder sobre os Plebeus, eram responsáveis por manter a ordem e
a submissão da classe menos favorecida. Essa classe era a maior, a mais
numerosa. Os Plebeus habitavam no condado mais não fazia parte dele. Estavam
ali apenas para servir. Eram pessoas vencidas que não tinham forças para
exercer e reivindicar direitos. Dizia-se que era um povo livre, mas na
realidade era escravo de sua própria ignorância.
Ao
longo da história houve muitos levantes contra o sistema imposto, mas sem muito
sucesso. Os castigos eram certos. Os senhores eram implacáveis na aplicação da
disciplina e se prevalecia de seu posto na hierarquia monárquica. Os Senhores
já se beneficiaram dos levantes dos Plebeus, mas os pobres Plebeus não passavam
de massa de manobra nas mãos dos Nobres. Pois eram em grande numero, mas
pequenos em sua falta de organização. Eram usados pelos Senhores para
pressionar o Duque e depois que conseguiam seus potes de ouro, mandavam os
despojos para os Plebeus que se contentavam com as migalhas que caiam da mesa
de seus Senhores.
Se
não bastasse tamanha injustiça, ainda eram massacrados e castigados se
questionassem a repartição. O poder era, sem duvida, a arma da opressão sobre
aqueles nada tinham senão a esperança.
E
o que mudou no percurso da história para os Plebeus?
Não
mudou muito.
A
história acaba se repetindo várias e várias vezes. As mudanças são gradativas,
mas significativas. A ignorância não é mais a regra desse povo. Mas a opressão
continua a mesma. Os Senhores continuam pensando como Senhores. Não são líderes
são chefes.
Liderança
conduz e inspira.
A
chefia impõe e desmotiva.
A
liderança traz respeito e eficiência.
A
chefia traz temor e burocracia.
A
liderança não tem subordinado e sim uma equipe.
A
liderança divide as glorias e as derrotas.
A
chefia traz pra si as glórias e joga a culpa das derrotas em cima do
subordinado.
A
liderança pensa coletivamente.
Os
Plebeus serão sempre Plebeus no Sistema Monárquico. Mas com a Cidadania, têm oportunidade
de mudar a relação com os Nobres e a relação entre eles mesmos.
Pois
a busca e o exercício do Direito é a verdadeira nobreza de um povo.
Se
o Conhecimento é a chave da liberdade.
Se
a Consciência é a mola propulsora de uma mobilização.
A
Luta de uma classe requer a motivação correta.
Assim,
Plebeus não serão mais tratados como Plebeus, pois terão alcançado a nobreza
dos “insanos”.
Autor Desconhecido
Excelente texto, ele incita um momento de reflexão à todos, e digo mais, se as pessoas não fizerem algo pra mudar a situação em que se encontram a tendência é sempre piorar... Sozinhos podem até ser fortes, mas seu que juntos são invencíveis...
ResponderExcluirPerfeita crônica. Qualquer semelhança com uma certa instituição sergipana não é mera coincidência.
ResponderExcluirFaço das minhas as palavras de Souza
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