domingo, 21 de junho de 2015

CRÔNICA DE NOBRES E PLEBEUS


Em uma terra distante e remota havia dois tipos de pessoas.
Aqueles que nasceram para dominar e os que nasceram para serem dominados.
Havia um Rei e um povo.
Havia Nobres e Plebeus.
O Rei, diante de tanto poder que emanava de Deus, distribuía sua graça e sua nobreza em forma de títulos reais.
Esses títulos não eram para qualquer um e passava de pai para filho, de geração a geração.

Vou lhes contar uma história:


Existiu um homem chamado Duque de Santa Rosa. Era um chefe de estado. Tinha um discurso voltado aos pobres e necessitados, era irônico e também muito perspicaz. Alguns o achavam mentiroso e dissimulado. Mas era Duque, e com seu titulo ninguém o contestava.
Duque de Santa Rosa tinha como braço direito o Conde Voimakas, que em finlandês quer dizer poderoso. Ele era responsável pela defesa e artilharia. Comandava homens e mulheres daquele Condado.
No Condado, havia duas classes: Senhores e Plebeus.

Os Senhores exerciam poder sobre os Plebeus, eram responsáveis por manter a ordem e a submissão da classe menos favorecida. Essa classe era a maior, a mais numerosa. Os Plebeus habitavam no condado mais não fazia parte dele. Estavam ali apenas para servir. Eram pessoas vencidas que não tinham forças para exercer e reivindicar direitos. Dizia-se que era um povo livre, mas na realidade era escravo de sua própria ignorância.

Ao longo da história houve muitos levantes contra o sistema imposto, mas sem muito sucesso. Os castigos eram certos. Os senhores eram implacáveis na aplicação da disciplina e se prevalecia de seu posto na hierarquia monárquica. Os Senhores já se beneficiaram dos levantes dos Plebeus, mas os pobres Plebeus não passavam de massa de manobra nas mãos dos Nobres. Pois eram em grande numero, mas pequenos em sua falta de organização. Eram usados pelos Senhores para pressionar o Duque e depois que conseguiam seus potes de ouro, mandavam os despojos para os Plebeus que se contentavam com as migalhas que caiam da mesa de seus Senhores.

Se não bastasse tamanha injustiça, ainda eram massacrados e castigados se questionassem a repartição. O poder era, sem duvida, a arma da opressão sobre aqueles nada tinham senão a esperança.

E o que mudou no percurso da história para os Plebeus?
Não mudou muito.

A história acaba se repetindo várias e várias vezes. As mudanças são gradativas, mas significativas. A ignorância não é mais a regra desse povo. Mas a opressão continua a mesma. Os Senhores continuam pensando como Senhores. Não são líderes são chefes.

Liderança conduz e inspira.
A chefia impõe e desmotiva.
A liderança traz respeito e eficiência.
A chefia traz temor e burocracia.
A liderança não tem subordinado e sim uma equipe.
A liderança divide as glorias e as derrotas.
A chefia traz pra si as glórias e joga a culpa das derrotas em cima do subordinado.
A liderança pensa coletivamente.

Os Plebeus serão sempre Plebeus no Sistema Monárquico. Mas com a Cidadania, têm oportunidade de mudar a relação com os Nobres e a relação entre eles mesmos.

Pois a busca e o exercício do Direito é a verdadeira nobreza de um povo.

Se o Conhecimento é a chave da liberdade.

Se a Consciência é a mola propulsora de uma mobilização.

A Luta de uma classe requer a motivação correta.


Assim, Plebeus não serão mais tratados como Plebeus, pois terão alcançado a nobreza dos “insanos”.

Autor Desconhecido

3 comentários:

  1. Excelente texto, ele incita um momento de reflexão à todos, e digo mais, se as pessoas não fizerem algo pra mudar a situação em que se encontram a tendência é sempre piorar... Sozinhos podem até ser fortes, mas seu que juntos são invencíveis...

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  2. Perfeita crônica. Qualquer semelhança com uma certa instituição sergipana não é mera coincidência.

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  3. Faço das minhas as palavras de Souza

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