segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

GOVERNO DE SERGIPE NÃO SE PRONUNCIA SOBRE REAJUSTE DE SERVIDORES

Em matéria publicada no site da Folha de São Paulo onde mostra-se a relação dos Estados e os reajustes concedidos às suas respectivas Polícias Militares entre 2012 e 2017, observa-se que em 8 (oito) dos 19 (dezenove) estados que informaram os rejustes concedidos neste período foi inferior à inflação do período que girou em torno de 34% como pode se observar no quadro abaixo:

REMUNERAÇÃO PELO PAÍS

Dos 19 Estados que responderam, 8 deram reajuste abaixo da inflação a PMs

Variação entre 2012 e 2017 (em %)



O Estado onde houve o menor reajuste no período dos 5 anos foi o estado da Bahia onde foi concedido apenas 8%.

Caso o Governo do Estado de Sergipe tivesse respondido à Folha de São Paulo verificaríamos que o mesmo ficaria em penúltimo colocado em relação aos 20 Estados, com um reajuste de 11,72% neste mesmo período, muito abaixo da inflação que foi de 34%, gerando assim uma perda sensível no poder de compra dos Policiais Militares sergipanos.

Portanto podemos constatar que não é à toa e sim consequência da falta de política de valorização dos servidores militares que fizeram com que Sergipe se encontrasse na condição de terceira corporação pior remunerada entre todas as Polícias Militares do Brasil na escala de salários iniciais das corporações, como pode ser observado no link (http://www.infonet.com.br/blogs/claudionunes/ler.asp?id=196486).

Além disso, na matéria da Folha de São Paulo, fica bem claro que não somente a questão salarial é motivo de insatisfação nas corporações mas também a questão das precárias condições de trabalho e principalmente o sistema militarizado.

Segundo o Professor da FGV-SP, Rafael Alcadipani, uma das principais queixas dos policiais militates são as diferenças salariais dentro da corporação: os oficiais chegam a ganhar até cinco vezes mais que os praças, que atuam no policiamento ostensivo. "O militarismo é um sistema bom para deixar muitos ganhando pouco e poucos ganhando muito", diz Rafael Alcadipani, professor da FGV-SP.

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