Quem surgiu primeiro, o ovo ou a galinha?
Esse paradoxo é sem dúvida alguma um dos mais intrigantes e fascinantes de todo o mundo. Esse grande mistério da humanidade cria oportunidade na produção de várias teorias sobre o tema. Criacionistas, evolucionistas, especialistas, jornalistas, lobistas, artistas, humoristas, todos tem suas próprias explicações e teorias sobre tudo, porém a dúvida permeia a cabeça até dos mais céticos.
Podemos tranquilamente fazer um link ao dilema do crime. Afinal, o que é crime? Quem criou o crime? Quem cometeu o primeiro crime? É possível acabar com o crime?
Somente para conceituar crime temos as mais diversas teorias e vários doutrinadores definindo ou pelo menos tentando definir crime. Causalistas, Kantistas, Finalistas, Funcionalistas, nos deixaram caminhos para explorar o mundo filosófico das teorias do crime. E os "especialistas", também nos deixam algo, nos deixam confusos.
A conduta é a forma em que os seres humanos se comportam cotidianamente em relação ao meio em que vivem. Para a psicologia isso depende de um sistema cognitivo e fisiológico, onde se pode concluir que o comportamento é exteriorização dos atos intrínsecos do homem.
Se, observando o conjunto de comportamentos de uma pessoa ainda não é o suficiente para prevenir ou antecipar as condutas criminosas, já que observamos apenas o exterior e os esteriótipos. Não tem ainda, na face da terra, solução para os atos delituosos, principalmente, contra a vida.
No Brasil, há um clamor popular e uma vontade populista de parlamentares, para tratar da matéria sobre a maioridade penal. Surgem várias teorias. Os extremistas, sejam de esquerda ou direita, despejam suas teorias e suas posições ideológicas, mas sem apontar soluções reais para o controle do crime e o envolvimento de adolescentes nos mais diversos tipos de crimes, e os que mais chocam são os crimes hediondos contra a vida. É a história de se discutir os efeitos da violência e não as causas,
Podemos listar enumeras questões que podem estar ligadas a violência no Brasil, desigualdade social, impunidade, educação de base (familiar ou escolar), a cultura do crime, o culto a futilidade, individualismo, consumismo e a moda da ostentação.
Mas o que falta mesmo no Brasil não são leis, são políticas publicas e caráter às pessoas. Políticas que levem a sociedade a entender e a valorizar o papel da policia, das leis e das Instituições Republicanas. Caráter para deixar o "jeitinho brasileiro", que se define pela canalhice de burlar as coisas em nome do individualismo.
Do conjunto de regras familiares, passando pelas regras das escolas ao regime interno de condomínios, do código de transito ao código penal, existe algo em comum: a não observância e o não cumprimento dessas regras sociais que geram conflitos intermináveis. Quais os princípios éticos e os valores do nosso povo?
Enfim, devemos, além das reflexões, agir no sentido de mudar de verdade a realidade que nos norteia. Comece por si mesmo.
Will Guerreiro
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